A diferença entre o crente e o
não crente é que o crente crê que o poder divino ou sabedoria divina está fora
dele, e o não crente sabe que o poder divino está dentro dele, partindo do
princípio que cada um de nós faz parte dessa inteligência cósmica criadora.
O não crente possui uma
consciência reflexiva que lhe permite acessar essa sabedoria que vai além do
conhecimento puro e simples. A
sabedoria é o conhecimento transformado pela experiência, o que leva o indivíduo a descobrir a melhor forma de colocar em prática o conhecimento adquirido. O crente tem a
necessidade de acreditar que além dele existe uma entidade que o protege e
cuida dele como “um grande pai protetor”.
Essa necessidade advém, em grande parte, da
incapacidade de se haver com a precariedade da condição humana, na medida em que
somos seres dotados de um corpo perecível e que sabemos sobre nossa própria
finitude e por isso nos sentimos em total desamparo (claro que isso tudo se dá
de uma forma inconsciente).
Além de tudo há uma pergunta
(clássica) para qual não temos resposta: de onde viemos e para onde vamos?
As religiões, de um modo geral
(não sei se todas), se propõem a responder a essa questão de uma forma mágica e
isso conforta proporcionando um alento a
essa sensação de desamparo.
Por Adriana Pinho
Por Adriana Pinho
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